sexta-feira, 15 de março de 2013

Tchau!

  Oi, pessoal!

  Bom, hoje já é o último dia de postagem no blog! Passou muito rápido, infelizmente. Apesar da correria, espero que vocês tenham gostado do blog e das postagens, pois Vinícius é um artista fantástico e vale a pena saber um pouco mais sobre sua vida e suas obras. Esse blog fez com que eu reafirmasse minha admiração pelo Poetinha, e espero que tenha surtido esse mesmo efeito em todos vocês que o acompanharam. Deixo para vocês o vídeo e a letra de uma canção de muito sucesso de Vinícius em parceria de Tom Jobim, Chega de Saudade, encerrando, assim, meu blog da Coletânea FB 2013. Obrigado a todos que acompanharam e até a próxima!



Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim


O exercício da crônica

  Oi!
  Deixo para vocês um texto muito interessante de Vinícius sobre ser cronista. Espero que gostem! ;))

Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, acende um cigarro, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado. 
Alguns fazem-no de maneira simples e direta, sem caprichar demais no estilo, mas enfeitando-o aqui e ali desses pequenos achados que são a sua marca registrada e constituem um tópico infalível nas conversas do alheio naquela noite. Outros, de modo lento e elaborado, que o leitor deixa para mais tarde como um convite ao sono: a estes se lê como quem mastiga com prazer grandes bolas de chicletes. Outros, ainda, e constituem a maioria, "tacam peito" na máquina e cumprem o dever cotidiano da crônica com uma espécie de desespero, numa atitude ou-vai-ou-racha. Há os eufóricos, cuja prosa procura sempre infundir vida e alegria em seus leitores e há os tristes, que escrevem com o fito exclusivo de desanimar o gentio não só quanto à vida, como quanto à condição humana e às razões de viver. Há também os modestos, que ocultam cuidadosamente a própria personalidade atrás do que dizem e, em contrapartida, os vaidosos, que castigam no pronome na primeira pessoa e colocam-se geralmente como a personagem principal de todas as situações. Como se diz que é preciso um pouco de tudo para fazer um mundo, todos estes "marginais da imprensa", por assim dizer, têm o seu papel a cumprir. Uns afagam vaidades, outros, as espicaçam; este é lido por puro deleite, aquele por puro vício. Mas uma coisa é certa: o público não dispensa a crônica, e o cronista afirma-se cada vez mais como o cafezinho quente seguido de um bom cigarro, que tanto prazer dão depois que se come. 
Coloque-se porém o leitor, o ingrato leitor, no papel do cronista. Dias há em que, positivamente, a crônica "não baixa". O cronista levanta-se, senta-se, lava as mãos, levanta-se de novo, chega à janela, dá uma telefonada a um amigo, põe um disco na vitrola, relê crônicas passadas em busca de inspiração - e nada. Ele sabe que o tempo está correndo, que a sua página tem uma hora certa para fechar, que os linotipistas o estão esperando com impaciência, que o diretor do jornal está provavelmente coçando a cabeça e dizendo a seus auxiliares: "É... não há nada a fazer com Fulano..." Aí então é que, se ele é cronista mesmo, ele se pega pela gola e diz: "Vamos, escreve, ó mascarado! Escreve uma crônica sobre esta cadeira que está aí em tua frente! E que ela seja bem-feita e divirta os leitores!" E o negócio sai de qualquer maneira. 
O ideal para um cronista é ter sempre uma os duas crônicas adiantadas. Mas eu conheço muito poucos que o façam. Alguns tentam, quando começam, no afã de dar uma boa impressão ao diretor e ao secretário do jornal. Mas se ele é um verdadeiro cronista, um cronista que se preza, ao fim de duas semanas estará gastando a metade do seu ordenado em mandar sua crônica de táxi - e a verdade é que, em sua inocente maldade, tem um certo prazer em imaginar o suspiro de alívio e a correria que ela causa, quando, tal uma filha desaparecida, chega de volta à casa paterna.

Exposição sobre Vinícius


(Fonte: Tribuna da Bahia)

  Ontem, quinta feira (14/03), aconteceu a abertura da exposição "Uma Foto Para Vinícius de Moraes", em homenagem ao centenário do diplomata, escritor e compositor na Bahia. Nessa mostra, organizada pelo Salvador Foto Clube, serão expostas fotografias, músicas e poemas de Vinícius com a curadoria de sua filha, Maria de Moraes. A exposição, promovida pelo Palacete das Artes, fica aberta a visitação pública até o dia 21 de abril, com entrada gratuita.

  Muito interessante para quem mora perto e gosta de Vinícius, vale muito a pena conferir! ;))

Vinícius na nossa infância

   "Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo..."

  Quem não lê essa frase e recorda da infância? O poema Aquarela, feito por Vinícius e Toquinho e que mais tarde virou música, é símbolo da infância de muitas pessoas hoje em dia, inclusive da minha. Vinícius, em parceira com Toquinho, já produziu várias obras que hoje nos remetem à infância. A minha preferida dela é Aquarela, porém existem outras que eu quero mostrar pra vocês nesse post.


Aquarela




O Caderno



A Bailarina

  E é isso. Espero que com esse post vocês tenham voltado a esta que é a melhor época da vida de todos nós, a infância, muito bem retratada pelo Poetinha em suas obras que até hoje nos emociona e nos fazem voltar a ser criança.

  Até o próximo! ;))
                  

Garota de Ipanema

  Oi!
  Nesse post, quero falar com vocês sobre uma das músicas provavelmente mais conhecidas do mundo, que foi composta por Vinícius de Moraes e Tom Jobim no ano de 1962. Sim, estou falando de Garota de Ipanema.
 
A letra original era um pouco diferente:
Vinha cansado de tudo
De tantos caminhos
Tão sem poesia
Tão sem passarinhos
Com medo da vida
Com medo de amar
Quando na tarde vazia
Tão linda no espaço
Eu vi a menina
Que vinha num passo
Cheio de balanço
Caminho do mar
  Mas a versão original foi refeita e inspirada em Helô Pinheiro, moça que passava frequentemente rumo à Praia de Ipanema, em frente ao bar onde Vinícius e Tom frequentavam assiduamente. Até hoje, após cinquenta anos de sua composição, a música é regravada e cantada por diversos cantores, nacionais ou internacionais.
  Veja algumas curiosidades sobre essa canção:

1. Nome original: Originalmente, a música era chamada Menina que Passa
2. A estreia: 
Foi apresentada pela primeira vez na Boate Bon Gourmet, em Copacabana

3. A musa: 
Várias mulheres se apresentaram como musas de inspiração para a canção, porém Vinícius esclareceu que a verdadeira musa havia sido Helô Pinheiro.

4. A versão em inglês: 
Em 1964, a cantora Astrud Gilberto deu voz à versão em inglês, que fez sucesso nos Estados Unidos, sendo regravada até pelo cantor Frank Sinatra, em 1967.
                                                               Dueto de Frank Sinatra e Tom Jobim

5. Heavy Metal: Em 2008, a banda Sepultura fizeram uma versão da música em heavy metal no Grammy Latino, em São Paulo.

6. Em todas as línguas: São mais de 170 versões para a canção, e continua sendo regravada por vários artistas ao redor do mundo.

                                                                   Amy Winehouse fazendo uma versão de "The Girl From Ipanema"


7. Girl From Ipanema Goes To Greenland: Uma versão inusitada de Garota de Ipanema foi feita pelo grupo B-52's, em que a garota de Ipanema deixa o calor de Ipanema e vai viver na ilha do hemisfério norte.

                                                                                       Vídeo oficial da versão do grupo B-52's

 8. Conquistando Nova York: O sucesso foi tão grande que três meses após ser lançada a música no Brasil, foi apresentada num concerto em Carnegie Hall. 23 anos após o estouro, Tom Jobin volta a se apresentar no mesmo palco realizando um espetáculo ao lado de Elton John e Luciano Pavarotti, sendo ovacionado pelo público ao som de Garota de Ipanema.

9. Questões judiciais: O sucesso foi motivo de processos. Em 2011, Helô Pinheiro foi processada por herdeiros de Tom Jobim por usar comercialmente a canção em sua loja de roupas.

 (Fonte: VejaRio e Youtube)

 E é isso, pessoal. Espero que tenham gostado. Até o próximo ;))

quinta-feira, 14 de março de 2013

Dia Nacional da Poesia

  Hoje, 14 de março, é o dia nacional da poesia! E ninguém melhor do que o nosso Poetinha para representar esse dia. Deixo aqui para vocês uma de suas poesias mais conhecidas (provavelmente uma das minhas preferidas), que se chama Soneto da Fidelidade, e um vídeo no qual Vinícius a recita. Espero que gostem!



De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Arquivo N


(Fonte: Expirados)
 
  Oi, pessoal!

  No ano de 2013, Vinícius de Moraes faria 100 anos se estivesse vivo. O programa Arquivo N, do canal Globo News, fez uma homenagem ao poetinha com seus melhores momentos na televisão. No vídeo, há participações de Vinícius em programas da Rede Globo, como Brasil Especial e Sexta Super, bem como depoimentos inéditos.

  Para conferir, clique aqui. Vale muito a pena assistir!

  Espero que gostem! ;))